Árvore da
família das Mirtáceas, o eucalipto
é nativo da Oceania, onde é a espécie dominante da flora local. Com mais de
700 espécies, a maioria de origem australiana, adapta-se praticamente à todas as condições climáticas. Sua copapossui
folhagem persistente, cujas folhas são cobertas por glândulas que segregam
óleo e, quando jovens, são opostas, entre arredondadas e ovais. Com um ou
dois anos de crescimento, essas folhas passam a apresentar uma nova forma,
alternando entre lanceoladas e falciformes, estreitas e pendidas a partir
de longos e recém-surgidos pecíolos, isso ocorre
na maioria das espécies de eucalipto. Um fato curioso relacionado à
folhagem do eucalipto é que, enquanto as folhas adultas não surgirem, essas
árvores não florescerão.
A casca destas árvores, ou o súber,
possui um ciclo anual e pode ser classificada como lisa ou enrrugada. A troca desta casca se diferencia de acordo
com o tipo sendo que, enquanto a casca lisa cai praticamente por inteiro,
deixando uma superfície plana e manchada, a casca enrrugada
seca lentamente agarrado ao caule
persistentemente. As cascas enrrugadas podem ser
fendidas, duras, tessaladas, em cofre ou faixa.
As de casca
fendida possuem longas fibras e um ritidoma espesso e de textura esponjosa,
enquanto que as de casca dura são de aspecto rugoso e profundamente
fendido, cujo ritidoma é geralmente saturado por uma resina produzida pela
planta, um fenômeno que lhe dá uma coloração vermelho
escura, quase negra. As tesseladas têm a casca
fragmentada, lembrando um mosaico e semelhante à cortiça, cujos fragmentos
caem com o tempo. Já as cascas em cofre, compostas por fibras de curta
dimensão, apresentam em alguns casos uma tesselação
e, as em faixa, ainda que com uma certa aderência
em dterminados pontos do caule, saem na forma de
peças longas e estreitas, que podem ser faixas, fitas resistentes ou em pedaçõs encaracolados.
Uma vantagem
bastante interessante do eucalipto é a menor retenção de água, permitindo
que a água chegue ao solo mais rapidamente, além de diminuir a evaporação
para a atmosfera, ao contrário de algumas matas nativas, cujas copas das
árvores são mais densas. O fato de suas raízes chegarem até dois metros e
meio de profundidade, e assim não chegarem aos lençóis freáticos, as faz consumirem menos água do que uma plantação de
cana-de-açúcar ou café, por exemplo.
No
Brasil, o cultivo do eucalipto iniciou-se em meados de 1909, pelo
engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, então funcionário da Cia. Paulista, e hoje o plantio
desta árvore abrange extensas áreas, principalmente em Minas Gerais, cujo
município de Itamarantiba é há mais de trinta
anos um dos maiores produtores do país.
Além das
excelentes qualidades mecânicas, o eucalipto apresenta ainda retidão no
fuste, cor clara, não fendilham e permitem
acabamento. Soma-se a isso características como
rápido crescimento volumétrico e potencialidade para produzir árvores com
boa forma, facilidade a programas de manejo e melhoramento, elevada
produção de sementes e facilidade de propagação vegetativa; além de uma
ótima adequação aos mais diferentes usos industriais e ampla aceitação no
mercado.
Do eucalipto
pode ser produzido a celulose; extraídos óleos essenciais, com os quais são fabricados produtos de limpeza,
alimentícios, perfumes e remédios, tábuas, sarrafos, lambris, ripas, vigas
e postes, entre outros produtos.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eucalipto
http://www.aracruz.com.br/show_prd.do?act=stcNews&menu=true&id=107&lastRoot=16&lang=1
http://www.cobrire.com.br/eucalipto-tratado-em-autoclave-autoclavado.htm
http://www.florestalbrasil.com.br/Setor/Eucalipto.aspx
http://www.ibflorestas.org.br/pt/os-mitos-e-verdades-do-eucalipto.html
Foto: http://pratoslimpos.org.br/?p=818
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